Quer aprender a editar vídeos? Dicas sobre Efeitos Especiais para iniciantes.

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Entenda o vocabulário da área de edição

No cinema, publicidade e videoclipes que vemos por aí, são usados diversos tipos de efeitos na edição de vídeo. São tantos, que a gente nem sabe diferenciá-los. Mas, a verdade é que existem diversos tipos de efeitos especiais e visuais. A diferença pode ser sutil, mas muito importante pra quem é da área.

Se você está entrando agora na área de edição de vídeo, dá uma lida neste texto e entenda um pouco mais sobre esse universo.

Bora lá?

 

O que eles tem de igual?

Vamos começar com as semelhanças. Tanto efeitos visuais como especiais tem como objetivo enganar a gente, o espectador. Eles modificam o ambiente, criam novos cenários, inserem na cena personagens que nunca estiveram ali. Enfim, eles iludem a gente direitinho.

Agora, vamos entender: qual a diferença entre efeitos visuais e especiais? Como faz cada um? Pra quê são usados?

 

Efeitos Especiais

Por mais que a gente fale muito deles hoje em dia, esses são um dos recursos mais antigos do cinema.

Efeitos especiais são divididos em duas categorias: ópticos ou mecânicos.

 

Ópticos

Os efeitos ópticos são feitos com manipulação da câmera, brincando com diferentes ângulos e com efeitos de luz para criar uma diferente impressão na visão de quem está assistindo.

O grande mestre nessa arte foi George Méliès.

 

 

George Méliès

Quem nunca viu essa imagem da lua recebendo os viajantes da terra? Esse filme é de 1902 e se chama  Le Voyage Dans La Lune. Foi considerado o primeiro filme de ficção científica da história.

Esse cara influenciou todos que vieram depois dele no cinema. E inventou as mais comuns técnicas de efeitos especiais usadas no cinema, como: perspectiva forçada, miniaturas, exposição múltipla, pinturas de fundo (matte paint), stop motion e o primeiro animatronic que se sabe até hoje. Vou falar um pouco de algumas dessas técnicas.

 

Exposição Múltipla

Essa é a técnica de dupla exposição

 

Uma dupla exposição nada mais é que sobrepôr dois filmes (duas cenas) diferentes em um mesmo frame, ou seja, ao mesmo tempo. Como ele fazia isso? Méliès gravava uma cena inteira com o sujeito com a cabeça. E outra, inteira com o sujeito sem cabeça jogando ela pra cima. Então, ele coloca a cena 1 (do sujeito com a cabeça dançando feliz) em cima da outra, onde ele está sem cabeça. Ele faz o corte de uma cena pra outra bem no momento em que a cabeça de mentira está caindo. E tudo em uma sincronia perfeita!

Até hoje usam esse efeito em imagens e na fotografia, utilizando o photoshop.

 

Matte Paint

A técnica Matte painting, também criada por Méliès e depois aprimorada, tem como objetivo criar um cenário de mentira para a cena usando a perspectiva.

Era possível construir uma cidade de fundo para o seu filme, sem custo algum. Era o modo “antigo” de se fazer o “cromaqui” atual. O famoso fundo verde.

Essa é a técnica Matte painting, no vidro

 

Olha essa pintura da cidade encaixada na cena!

 

E atualmente?

Um filme que leva em conta os efeitos ópticos é o aclamado vencedor do Oscar de melhor fotografia de 2020: “1917”.

Pra quem não sabe, esse é um filme de guerra gravado inteiramente sem cortes! Quer dizer, ele pelo menos parece não ter cortes. É tudo uma questão de saber como movimentar a câmera e, na verdade, usar efeitos especiais de luz e edição para disfarçar os cortes na visão do espectador.

Pra quem assiste, o filme é uma ato contínuo. Mas, pra quem entende de edição, sabe bem onde os cortes foram feitos.

 

Dá uma olhadinha nesse vídeo pra entender melhor essa técnica:

 

Efeitos Mecânicos:

Esses efeitos são também conhecidos como “efeitos práticos”. Eles acontecem durante a gravação mesmo, pode ser para simular uma tempestade usando um ventilador gigante. Ou então, uso de maquiagem.

 

Olha só a maquiagem do Nosferatu! O filme é de 1922.

 

Outro exemplo é a decapitação dessa moça. Na hora H, o filme foi cortado e a moça substituída por um boneco.

 

E atualmente?

Você já ouviu falar de George Miller? Não? Bom, então já deve ter ouvido falar de Mad Max. O último foi lançado em 2016: “Mad Max: Fury Road”. E ganhou diversos Oscar na área de edição e montagem.

Mas, por quê? Se você assistir o filme, vai perceber que existem diversas acrobacias, perseguições de carro e explosões. Tudo criado em computador, né? Bem, não exatamente. George Miller, diretor do filme, gosta de fazer os efeitos práticos, mecânicos, e gravar diversas das cenas na vida real.

 

Dá uma olhadinha nesse vídeo pra ter uma noção:

 

Efeitos Visuais

E os tais efeitos visuais? O que são?

Esses são os mais famosos e utilizados atualmente. Eles têm a ver com aquele fundo verde que geralmente aparecem nas gravações de cinema, sabe?

São os cenários criados digitalmente, animações em 3D e esse tipo de efeito.

 

Nesse caso não é efeito, é tudo magia. Né, Doutor?

 

Como começar a entrar no mundo da edição?

Uma ótima forma de entrar nesse mundo e saber um pouco mais sobre edição de vídeos é conhecendo os programas de edição. Os principais são:

After Effects:

Objetivo 

O After Effects é usado principalmente na pós-produção de um vídeo. Ou seja, é a parte de refinamento, acabamento e finalização do vídeo. Nele, você pode corrigir imagens que não ficaram muito nítidas, ou tremidas demais na filmagem. Pode deixar os cortes da edição mais suaves e enfim, deixar seu vídeo mais profissionalmente bem acabado.

Composição Gráfica 

Esse programa também tem diversos recursos gráficos, úteis para designers que trabalham com Motion Graphics, ou editores de vídeo. Composição gráfica significa trabalhar com ilustrações, animações, 3D e outros recursos desse tipo. No After você consegue criar vinhetas e trabalhar com animações. Ele é um programa integrado com o Photoshop e Illustrator, ajudando bastante na manipulação de diferentes tipos de design.

Linguagem 

Sua linguagem é como os outros programas da Adobe, então, se você já conhece os outros programas, vai se familiarizar mais fácil com ele. Também é bem semelhante a outros programas de pós-produção, mas é considerado um dos melhores entre eles.

 

Adobe Premiere

Seu objetivo é fazer a edição mais crua do vídeo, mesmo. A parte de montagem, que é o corte e sincronia entre as cenas. Também é possível ajustar a trilha sonora, colocar legendas e já trabalhar com alguns efeitos visuais. Não é tão completo na parte de efeitos quanto o After Effects, mas já é possível começar um trabalho de finalização por ali. Esse provavelmente vai ser o primeiro programa que você vai usar depois de finalizar a gravação do seu vídeo.

A sua linguagem lembra bastante outros programas de edição, como o Sony Vegas. É difícil dizer qual é melhor, afinal, tem muitas coisas que você consegue fazer nos dois programas, mas de formas diferentes. Tudo depende da sua prática e conhecimento da ferramenta. Mas, o Premiere, por ter conexão com outros programas da Adobe, acaba se tornando mais completo em termos de funcionalidades.

Audition

O Audition é um software também da Adobe específico para tratar o áudio. Pode ser de algum vídeo seu, ou melhor ainda, para editar um podcast. Ali você pode recortar as faixas de sons, retirar chiados, criar efeitos sonoros e trabalhar bem a sonoplastia dos seus vídeos. Por ser da Adobe, ele também é facilmente integrado aos outros programas que falei antes.

 

E aí? Quer entrar pra esse mundo?

Como a gente viu, nem todos os efeitos mostrados aqui precisam de edição. Alguns são feitos por truques de câmeras e luz. Mas, a edição pode ser uma arma poderosa e mais fácil pra você conseguir criar vídeos melhores, com mais efeitos e também mais profissionais.

A gente trabalha tudo sobre as ferramentas mencionadas no nosso curso de Edição de Vídeo! No nosso curso, todos os alunos criam um Canal no Youtube e um projeto final, colocando em prática tudo que viram no curso.

Espero que o conteúdo tenha te ajudado! Fique ligado aí para mais dicas de Edição!

 

Leia Também: 

Edição de vídeo: quanto ganha? Como trabalhar com isso? 
Você sabe o que pro seu futuro? 3 filmes que podem te ajudar!
Como criar um design agradável? Técnicas de Gestalt. 

Referências:

A história dos efeitos especiais.

 

Bem-vindos ao mundo da edição!

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