Como fazer a introdução da sua redação do ENEM?

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Fala, gente! Como vocês estão? Tudo certinho?

 

Bom, hoje a gente vai falar sobre a redação do ENEM. Mais especificamente, sobre como fazer uma introdução que chame a atenção e destaque a sua redação, que tal?

Mas, mas antes da gente entrar nesse assunto, bora lembrar: a redação do ENEM é um texto dissertativo-argumentativo. E o que é isso, mesmo?

Um texto dissertativo-argumentativo, é um texto no qual você precisa falar sobre algum assunto defendendo o seu ponto de vista. Ou seja, você precisa pensar sobre o assunto, ter uma opinião e tentar convencer o leitor. Fácil, né? 😉

E é bom lembrar que esse tipo de texto se divide em: introdução, desenvolvimento e conclusão. Cada uma dessas partes tem a sua função e a sua importância. Bora entender melhor qual é a função da introdução?

 

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A introdução da redação

Beleza, vamos começar a redação e agora? O que eu preciso colocar na introdução e como posso fazer isso de um jeito criativo? Relaxa que a gente te ajuda, olha só:

Função 1: contextualizar o tema.

A primeira função da sua introdução é mostrar sobre o que você vai falar. É sobre violência? Ou é especificamente sobre a violência contra a mulher no Brasil? Viu só a diferença? A ideia é você delimitar sobre o que você vai falar, onde isso acontece e a quem esse tema afeta. Com essas três informações aí, o cenário está dado. Bora pra função dois.

 

Função 2: mostrar sua opinião. 

Outra função desse parágrafo é você direcionar o seu texto mostrando qual é o seu posicionamento em relação a questão. Você é contra ou a favor? Concorda ou discorda? Acha que isso é normal ou uma ofensa grave a sociedade? Isso sempre aconteceu ou é um fenômeno da atualidade? Mostre o que você pensa sobre o assunto.

Agora, repare bem no verbo que eu usei: “mostrar”. Não é o momento de defender, explicar ou aprofundar a sua opinião. O objetivo aqui é apenas dar um direcionamento para o texto. Mostrar o caminho pelo qual ele vai seguir. A defesa e aprofundamento da sua opinião virão no desenvolvimento. Então, não se preocupe nem se alongue demais nesse primeiro momento.

 

Função 3: fisgue o seu leitor. 

Pense no mar de redações que um corretor vai corrigir em um vestibular, principalmente no ENEM. O que vai fazer a sua redação se destacar? Você precisa chamar a atenção de alguma forma, é claro! Pra isso, é legal já no começo do seu texto usar algum artifício ou técnica para capturar a atenção de quem vai ler. Beleza, mas como eu faço isso? Existem várias possibilidades e vou trazer algumas aqui pra vocês. Mas, lembre-se, nada substitui a nossa criatividade e originalidade. Treine bastante, leia várias redações e outros livros e isso com certeza vai te dar uma bagagem criativa cada vez maior pra evoluir nessa parte criativa.

 

Tipos de Introdução que você pode fazer

 

Narração: 

“Mas pode narração no texto dissertativo-argumentativo?” Você pode estar se perguntando. Bom, se isso servir como uma ferramenta para ajudar você a dar uma base pra sua opinião, com certeza! Não necessariamente a sua história precisa ser verdadeira e o quão fantasiosa ela será, depende da sua intenção. E tome bastante cuidado. O uso dessa narrativa precisa ser estrategicamente pensado pois, ela mostrará ao leitor um caminho para a sua opinião.

Vamos ver aqui alguns exemplos:

“Ela foi abusada e espancada pelo marido. O marido, a manteve por cárcere privado. Ela pediu ajuda para as autoridades, mas nada aconteceu. Anos se passaram e ela foi até a mídia. Uma pressão internacional se fez sobre o poder legislativo do país para que algo fosse feito. O nome dessa mulher era Maria da Penha”.  – Uma introdução que cairia bem num texto em relação a violência contra mulher.

“Etvaldo é um alienígena. Foi enviado da galáxia Zord e tinha a missão de destruir o Planeta Terra. Veio para cá, mas rapidamente voltou ao seu planeta satisfeito. Disse para seu povo: “eles mesmos já estão fazendo todo o trabalho duro, nem precisei me preocupar.” – Poderia ser usado para falar sobre meio ambiente, poluição, falta de prevenção a doenças contagiosas, falta de solidariedade e etc.

 

Exemplificação:

Você pode trazer fatos, ou então, dados estatísticos sobre uma questão. E nada de fake news aqui, hein!? É preciso se comprometer em trazer a verdade, mesmo que depois, você fará questionamentos e até mostrar outros pontos de vista.

Outro ponto importante é o uso de advérbios para pontuar a sua opinião em relação a notícia, como: infelizmente, supostamente e etc.

Exemplo:

“Segundo o Data Folha, 80% da população acredita que muitas empresas irão fechar por conta do Covid-19. Infelizmente, essas pessoas podem estar certas se governo, setor privado e sociedade não agirem juntos.”

 

Alusão histórica:

A ideia é trazer um período ou um fato histórico e compará-lo com o tempo presente. Você pode mostrar como as coisas se mantém iguais, ou como mudaram. Isso tudo pode ajudar você a defender seu ponto de vista. Sem falar que, também mostra pra banca como você tem domínio de múltiplas áreas de conhecimento e consegue conectá-las para defender uma ideia.

Exemplo:

“O Iluminismo foi um período histórico que aconteceu no século XVIII. Uma das suas principais características foi o predomínio da razão, da ciência e do pensamento humano em relação a crenças, fantasias e suposições. Hoje, parece que estamos andando ao contrário desse movimento. Ciência, dados, notícias e veículos de comunicação estão sendo substituídos por simples mensagens de WhatsApp. Cada um acredita no que quiser, independentemente de ser verdade ou não. E faz questão de compartilhar isso para quem puder.”

 

Definição: 

Definição consiste em trazer o significado de um termo. Definir o que aquilo realmente quer dizer e, a partir disso, construir uma argumentação. Você pode definir um termo pelo seu significado apresentado no dicionário, por uma definição histórica, teórica (de algum autor famoso), ou sua própria definição baseada na sua vivência e experiência de vida. Qual é a melhor? Tudo depende do que você quer defender no seu texto.

Exemplo:

“A palavra “cena” vem do grego, e significa uma construção que serve de abrigo. Mas também, significa para o cinema uma parte de um filme. Se pensarmos nesses dois significados, podemos dizer que o nosso ambiente, onde vivemos e crescemos é vital para criar um cenário para a narrativa da nossa vida. Isso mostra a importância de condições de habitação digna para todos.”

 

Citação:

A citação é quando você traz a fala de um outro autor para ajudar você a construir a sua tese. Essa citação pode ser feita de duas formas: direta e indireta.

Direta: é quando você traz exatamente aquilo que o autor disse. Como disse Sócrates: “Só sei que nada sei.”

Indireta: é quando você, com as suas palavras, traduz o que o autor quis dizer. Sócrates uma vez disse que tudo que sabia era simplesmente que não sabia de nada.

Como usar esse recurso? Uma boa ideia é desconstruir a fala do autor, conectá-la com a realidade. Mostrar como ela é real com base em alguma notícia ou dado. Ou até, mostrar como ela é ignorada e como a sociedade vai contra ela. A grande sacada aqui será justamente como você irá usar essa frase para construir uma argumentação.

Exemplo:

” “Só sei que nada sei.” Foi o que disse uma vez um dos filósofos mais influentes de todos os tempos, Sócrates. Agora, se um homem tão inteligente assim disse isso, como podem nossos políticos terem tanta certeza de que sabem como melhorar nosso país? O número de plebiscitos e de participação social na política só pareceu diminuir nos últimos anos, quando deveria aumentar. Será que o povo acredita saber tão pouco que não quer participar? Será que acaba acreditando naqueles que dizem saber demais?” 

 

Treine muito a sua redação!

Acho que a gente já disse isso algumas vezes aqui nesse blog, né? Nenhuma dessas técnicas de como começar a redação vai te dar uma receita pronta. Você precisa treinar bastante para saber quando é melhor usar cada uma delas.

Então, bora sentar na cadeira e escrever bastante! E se precisar de uma forcinha com isso, estamos aqui para ajudar! 

 

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Prouni: sabia como funciona e como participar.

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